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Monster Hunter: World

Monster Hunter: World - Iceborne

Regressámos à caça de monstros no jogo da Capcom, agora num ambiente nevado.

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À semelhança do que aconteceu com o jogo base, também as consolas receberam primeiro a expansão Iceborne (deve chegar ao PC em janeiro de 2020), o que significa que testámos a versão PS4. Trata-se de uma expansão rica em conteúdo, mas que é totalmente direcionada a jogadores experientes - precisa de chegar a Rank 16, algo que só é possível depois de matar o último boss do jogo base.

É um requisito bastante pesado, que se torna ainda mais complicado para quem saltar para Iceborne logo após o final da história do jogo base. Iceborne oferece um desafio razoável para quem tem investido em Monster Hunter: World para lá da história, o que significa que os jogadores mais fracos terão de perder algum tempo a fazer grind nas primeiras horas. A vantagem é que esse grind pode ser feito em zonas que nunca viram antes.

Uma das novas áreas é Hoarfrost Reach, dividida em 16 distritos diferente. Gelo, neve, e frio, são constantes ao longo de toda a expansão, como é desde logo claro pelo título da expansão, mas consegue ainda assim apresentar boa variedade de ambientes. Nem todo o conteúdo se passa nas novas áreas. Algumas missões envolvem o regresso ao Mundo Novo, onde será necessário lidar com alguma criatura vinda das novas áreas que está a perturbar o equilíbrio natural.

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A história de Iceborne segue o percurso do jogo base, motivando a pesquisa do fenómeno que levou Legiana a deixar a sua terra-natal de Coral Highlands. No início da aventura os caçadores apercebem-se de uma nova ilha que apareceu no horizonte, e decidem investigar, o que nos leva à cidade de Seliana, a nova base de operações. À medida que a expansão avança irá perceber o que está a motivar os comportamentos atípicos de alguns monstros.

Durante tudo isto terá a oportunidade de interagir com o elenco secundário do jogo. A fiel Handler, por exemplo, terá muito para dizer em relação à região, mas também irá partilhar mais informações sobre o seu passado - provavelmente até mais do que estaria interessado em saber. Gostámos desta maior interação e do desenvolvimento de algumas personagens, ainda que a história ou o guião não sejam exatamente o ponto forte - ou o ponto mais interessante - de Monster Hunter.

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Seliana é uma base tão movimentada e viva quanto era Astera, e nela irá encontrar tudo o que precisa para a sua caça. Gostámos do layout da base, mais prático do que Astera em termos de localização de lojas e funções, e também apreciámos as novidades introduzidas pela Capcom. Agora existe um novo edifício chamado Steamworks que oferece itens em troca de minério, o que é mais uma forma dos jogadores obterem itens úteis.

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Com o Master Rank chega também uma terceira dificuldade, completa com novos conjuntos de armadura, armas, e gemas. As primeiras recompensas e conjuntos de armaduras não nos entusiasmaram, o que nos deixou um pouco preocupados com o sistema de progressão da expansão, mas isso mudou depois de algumas horas, e encontrámos alguns itens que merecem o investimento de tempo que exigem.

Em Master Rank vão também perceber que algumas criaturas ganharam novos padrões de movimentos, tornado-se ainda mais imprevisíveis. Outra novidade são as sub-espécies, que são essencialmente versões adaptadas de monstros que já existem. O Coral-Pukei-Pukei é um bom exemplo, um monstro que consegue retirar água das Coral Highlands e que depois a cospe pela cauda e pela boca (até consegue usar a língua para dividir o jato de água).

A grande atração, contudo, são os novos monstros, tão inspirados quanto desafiantes. Participámos em algumas batalhas fantásticas, como a caça ao poderoso Glavenus, e a cereja no topo do bolo é que, depois de uma batalha vitoriosa, além da sensação de que ultrapassou um desafio importante, também ganhou algo de valor para criar itens. Em pouco tempo voltámos a ser sugados pela espiral de loot que sempre foi uma das imagens de marca de Monster Hunter.

Como referimos no início do texto, jogámos a versão PS4 Pro, e notámos em alguns defeitos específicos das consolas. Os loadings são extensos e a fluidez de jogo sofreu quebras com alguma frequência., Normalmente isso aconteceu em momentos de maior intensidade, mas até verificámos redução de framerates em alguns menus. Outros problemas que já estavam presentes no jogo base estão ainda presentes na expansão, como as hitboxes de alguns monstros e a repetição do grind - matar o mesmo monstro pela décima vez pode tornar-se cansativo.

Algo que ainda não mencionámos é a segunda área da expansão, Guided Lands, que fica disponível mais à frente no jogo. É aqui que os jogadores serão realmente testados a nível de conhecimento, capacidade, e equipamento, e até pode encontrar algumas surpresas que não iremos revelar. Iceborne tem também um excelente número de novos monstros - alguns reciclados de outros jogos, outros originais -, técnicas avançadas para cada tipo de arma, e vários itens novos. Não podíamos pedir muito mais de Iceborne, que como já deve ter calculado, é uma expansão essencial para qualquer fã de Monster Hunter: World.

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09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
Introduz duas novas áreas e mais de 20 monstros. Vários melhoramentos e ajustamentos.
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Só pode ser jogado por quem completou o jogo base. Problemas de Monster Hunter nas consolas persistem.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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