Days Gone pode não ter conseguido o sucesso de outras grandes produções dos estúdios PlayStation, mas é, ainda assim, um jogo em mundo aberto de boa qualidade. Aliás, foi isso mesmo que referimos na nossa análise ao lançamento original na PS4. Mas, apesar das suas qualidades, Days Gone também sofria de loadings enormes, problemas de fluidez, e inúmeros bugs. Com o tempo a Bend Studio tem vindo a resolver algumas destas questões, e se o jogar na PS5, vai ter acesso a uma experiência consideravelmente superior ao que podia ter encontrado na PS4 base.
Mas agora é a vez do PC, e de perceber como está esta segunda adaptação de um grande exclusivo PlayStation. Sem surpresa, é uma versão superior, tal como Horizon: Zero Dawn o foi - sobretudo depois das últimas atualizações. Para algo mais focado na história e na estrutura de jogo, aconselhamos a análise original, mas se quer saber como está em específico esta versão, leia em baixo.
Esta versão PC de Days Gone apresenta uma framerate desbloqueada, tempos de carregamento significativamente mais rápidos, e um grafismo superior, possível graças a opções que permitem determinar o nível de detalhe e a distância de visão. Esta versão também suporta monitores ultra-wide, rato e teclado, e vários tipos de controlos, além de incluir todo o conteúdo pós-lançamento do jogo PS4. O resultado é uma experiência mais fluída, rápida, e bonita que a versão original, e em certos aspetos, até superior à forma como o jogo corre na PS5 - dependendo naturalmente do seu computador.
Mas, mesmo com definições médias, Days Gone é um jogo visualmente impressionante, até comparando com a versão PC de Horizon: Zero Dawn. Em parte acreditamos que isso se deve ao facto de Days Gone estar a correr no Unreal Engine, um motor de jogo bastante familiar no PC, enquanto que Horizon: Zero Dawn corre no Decima Engine, da Guerrilla, um motor sobretudo desenhado para consolas PlayStation.
Esse conforto que o estúdio terá encontrado com o Unreal Engine é também visível no elevado grau de opções ao dispor do jogador. Pode definir uma série de parâmetros visuais, mapear controlos, e aumentar ou diminuir o campo de visão, por exemplo. Dito isto, não é uma adaptação perfeita. O sistema de mira, tal como na versão original, não está bem ao nível de outros jogos de ação, e existem momentos em que a framerate oscila de forma evidente, sobretudo durante sequências cinemáticas.
Apesar destas pequenas falhas, a versão PC de Days Gone oferece potencialmente a melhor forma de apreciar a aventura de Deacon. Se tiver um computador à altura das exigências, vai encontrar um jogo de ação em mundo aberto de boa qualidade, desde que ainda não esteja farto de histórias de sobrevivência durante um apocalipse zombie (ou não-zombies, se preferir).
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