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      Gamereactor
      especiais
      The Witcher 3: Wild Hunt

      Entrevista ao compositor de The Witcher 3: Wild Hunt

      Mikolai Stroinski: "O sucesso do trailer de Dark Souls 2 chamou a atenção dos produtores na Polónia."

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      O Gamereactor teve a oportunidade de conversar com Mikolai Stroinski, compositor polaco que produziu parte da banda sonora de The Witcher 3: Wild Hunt e The Vanishing of Ethan Carter, bem como o muito elogiado trailer de Dark Souls II. Em baixo podem ler a entrevista completa a um compositor que provavelmente passará a ser mais ouvido pelos jogadores no futuro.

      Pode explicar-nos o processo que acabou por levá-lo a co-produzir The Witcher 3: Wild Hunt com Marcin Przybyłowicz?

      Considerando o tamanho do jogo, era necessário um segundo compositor para tratar da banda sonora. Além disso a CD Projekt Red queria algo que fosse diferente. O sucesso do trailer de Dark Souls 2, que eu compôs em 2012, chamou a atenção de mais produtores na Polónia. Depois disso a CD Projekt Red contactou-me diretamente para participar numa fase de seleção e eu enviei uma demonstração. Trabalhei nessa amostra durante alguns dias e enviei para o estúdio.

      Fiquei sem uma resposta durante vários meses e pensei que não tinha conseguido o trabalho, porque é norma na indústria não avisar quando uma proposta é rejeita. Para minha surpresa, logo depois de ter aterrado em São Francisco para a Game Developers Conferece de 2014, fui contactado por Marcin Przybylowicz, que disse ter adorado a minha peça e pediu que me juntasse a ele. Já sabem qual foi a minha resposta.

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      Durante quanto tempo trabalhou na banda sonora de Witcher 3?

      Tive sensivelmente um ano envolvido, depois de já ter começado a produção. Comecei a trabalhar em março de 2014, e continuei a trabalhar durante dois ou três meses. À medida que o jogo crescia, também era necessário continuar a compor mais música. Consequentemente, tive de voltar a trabalhar no jogo a meio de julho de 2014 e depois de novembro a janeiro.

      Recebeu algum tipo de indicação ou linha para seguir por parte da CD Projekt Red?

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      Sim, recebi uma sinopse, algumas imagens e vídeos para usar como referência.

      Quais foram as principais inspirações para trabalhar neste projeto?

      Acima de tudo foi o carinho que tenho pelos livros de The Witcher, que li durante a década de 90; eles eram muito imersivos. Também me senti inspirado pela nova direção da música, como nunca tinha sido feita antes. Penso que nós, enquanto compositores, apreciamos muito quando temos a oportunidade de fazer algo de original, em vez de copiarmos o estilo de outra pessoa. Ironicamente, porque sou polaco, nunca tinha escrito uma nota eslovaca, por isso foi interessante mergulhar nesse tipo de possibilidades. O meu respeito à CD Projekt Red pela coragem e por ter tentado ir mais longe.

      Trabalhou a partir dos estúdios da CD Projekt Red ou no seu próprio estúdio?

      Trabalhei a partir de Los Angeles, onde moro.

      Quais são os benefícios/desafios de trabalhar em L.A.?

      O maior benefício é definitivamente o acesso aos maiores profissionais da indústrias. Sou sempre capaz de encontrar músicos que consigam tocar com vários instrumentos raros e exóticos e que possam rapidamente estar no meu estúdio. Misturar engenheiros com excelente equipamento e ouvidos ainda melhores é outro benefício. Los Angeles também é um sítio muito inspirador para se crescer como artista. Existe música fantástica a ser produzida em todo o lado, que acaba por nos influenciar.

      Este é o terceiro capítulo de The Witcher. As bandas sonoras anteriores influenciaram-no de alguma forma?

      Nem por isso. A música para The Witcher 3 foi reinventada. O único material que tive de usar foi o tema principal, que já vem dos jogos anteriores.

      Considerando que Marcin é o compositor oficial da CD Projekt Red, necessitou de recorrer a Marcin para definir que músicas podiam ou não entrar na banda sonora?

      Ele foi certamente uma ponte entre os produtores e o meu trabalho. Ele também tinha uma cópia a funciona do jogo, por isso o seu feedback foi muito importante. Foi uma colaboração muito proveitosa, com bom diálogo para cada lado.

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      Existiu alguma composição particularmente difícil, ou algum momento em que não soube por onde continuar?

      Nem por isso, embora ache que seja mais difícil escrever as músicas para as cutscenes com combates. As referências musicais têm de ser muito evidentes e sincronizadas com a imagem. É como compor para mini-trailers.

      Soubemos que foram criadas mais de quatro horas completas de música para o jogo. Foi tudo utilizado?

      Sim.

      Foi cortada alguma peça musical, por si ou pela CD Projekt Red, que gostaria de ter incluído?

      Não... pelo conhecimento que tive, tudo o que fizemos foi utilizado no jogo de uma forma ou outra.

      O jogo veio acompanhado com um CD com a banda sonora, mas há um limite para o que pode ser incluído num disco. Teve algum papel na definição do que seria incluído nesse CD?

      Naturalmente que sim. O CD que acompanha a versão física do jogo só inclui cerca de um terço das músicas, mas depois vamos lançar uma versão expandida da banda sonora, tanto no iTunes, como no Spotify. Recomendo bastante esta versão, que terá cerca de 50 faixas.

      Existe alguma faixa de que esteja particularmente orgulhoso, ou que gostaria que os jogadores ouvissem com mais atenção?

      Eu não vou falar de nenhuma música em particular, porque não quero influenciar ninguém na sua apreciação da banda sonora. Dito isto, gosto bastante das faixas de exploração que eu compôs para as Ilhas de Skellig. A música celta é sempre um ambiente musical muito recompensador.

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      Como funciona o processo de licenciamento em relação às músicas que cria? Pode tocá-las livremente num concerto ou um evento semelhante?

      Tudo o que eu escrevi para The Witcher 3 pertence à CD Projekt e eu teria de lhe pedir permissão para tocar a música.

      Para sairmos um pouco do mundo de Witcher 3, também é responsável pela banda sonora de The Vanishing of Ethan Carter. É um tipo de música muito mais subtil que a de Witcher 3. Como é a abordagem a dois projetos tão diferentes?

      A história de Ethan Carter passa-se num vale remoto e isso acaba por ter grande impacto na própria música. Foi necessário manter a música muito ampla para as secções de exploração, mas também com algumas limitações, porque a cada momento do jogo estão à procura de um rapaz, enquanto revela os segredos de Red Creek Valley.

      Por acaso, pensei muito nesse projeto antes de escrever a primeira nota, na forma de combinar a história e os ambientes, mas sempre mantendo em mente a experiência geral do jogador. É um grande desafio para um compositor, mas também uma bênção.

      Podem descobrir mais sobre o trabalho de Mikolai Stroinski no seu site oficial.

      The Witcher 3: Wild Hunt

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