Lemnis Gate é um jogo de ação tática na primeira pessoa, com algumas ideias interessantes envolvendo mecânicas temporais. Os jogadores terão de tentar eliminar os adversários no seguimento de vários loops temporais de 25 segundos, executando ações e tentando contrariar os movimentos dos inimigos. É um conceito curioso, que experimentámos durante cerca de uma hora.
A primeira missão que jogámos chama-se Seek & Destroy, e colocou duas equipas de dois jogadores em confronto, cada uma alternando entre ataque e defesa. Funciona por turnos, no sentido em que primeiro joga uma equipa, e depois joga a outra. A equipa atacante deve tentar eliminar pelo menos um Resistor no mapa, enquanto que a equipa defensora deve tentar evitar que isso aconteça, ao longo de seis loops temporais por ronda. Imagine que num loop a equipa atacante consegue destruir um Resistor. O objetivo da equipa defensora no loop seguinte passa por negar essa ação, mas ao fazê-lo também deve ter cuidado para não se expor ao inimigo no loop seguinte.
Outro modo que experimentámos foi Retrieve XM, onde o objetivo passou por recolher esferas no mapa e colocá-los na base. Tal como em Seek & Destroy, encontrar a esfera e colocá-la na base é apenas uma pequena parte do desafio, porque depois tem de considerar as formas como a outra equipa pode tentar negar essa ação, sobretudo porque cada esfera só pode ser agarrada uma vez.
Enquanto espera que seja a sua vez de voltar ao mapa, pode assumir controlo de um drone e explorar o mapa ou as ações anteriores de cada jogador, para planear os seus próximos movimentos. Considerando que cada turno tem 25 segundos, convém ter desde logo uma boa ideia do que irá fazer - a começar pela escolha da classe. Existem sete classes diferentes que pode escolher no início do seu turno, mas é preciso ter em conta que depois de usar uma classe num turno, não terá a oportunidade de a voltar a escolher para o resto dessa ronda.
Algumas personagens são ágeis e velozes, perfeitas para quando velocidade é o que procura num turno específico. Outras têm acesso a habilidades únicas, como Toxin, que deixa um rasto de químicos que podem obrigar um adversário a ter de mudar o seu percurso. Parece-nos ser uma abordagem interessante, com boas opções ao dispor dos jogadores, e escolher a classe certa para o turno certo poderá ser a diferença entre ganhar ou perder uma ronda.
Se o conceito e a jogabilidade de Lemnis Gate impressionaram, já não podemos dizer o mesmo do estilo visual dos mapas. Experimentámos dois - Tectonic Wells num desfiladeiro, e Howlers Mine numa floresta. Considerando todo o cuidado e imaginação no resto do jogo, os mapas em si pareceram-nos bastante básicos em termos visuais, mas pelo menos pareceram bastante distintos ao nível do design e do layout, com Tecnonic Wells a oferecer uma jogabilidade vertical e Howlers Mine a passar-se numa superfície mais plana.
Também não temos a certeza que manter Lemnis Gate como uma experiência exclusivamente online seja uma boa ideia. É que o facto de ser um nome desconhecido, e um conceito altamente tático, colocam-no numa categoria de nicho, e isso pode afetar o número de jogadores que poderá encontrar online. O facto das partidas incluírem um máximo de quatro jogadores pode ajudar a negar esse problema, bem como a sua introdução no Game Pass e o facto de suportar cross-play entre plataformas. Ainda assim, estamos curiosos para ver qual será o interesse real dos jogadores em Lemnis Gate depois de algumas semanas.
Lemnis Gate parece ser um jogo de ação tática com design inteligente, que oferece aos jogadores inúmeras maneiras de manipularem o tempo e ganharem vantagem sobre os seus oponentes. A variedade das classes, e o conceito da jogabilidade, é inspirado e divertido, mas o estilo visual dos mapas e o apelo nicho do jogo, levantam algumas dúvidas sobre o seu futuro. Mas estaremos lá de certeza quando chegar a 3 de agosto para PC e consolas.