Na Gamelab 2023, tivemos a oportunidade de conversar longamente com Enric Álvarez, da MercurySteam. A primeira metade do vídeo abaixo é, portanto, dedicada à cultura do estúdio espanhol e ao painel do CEO na conferência, a segunda metade aos diferentes jogos que eles lançaram tardiamente ou serão lançados no futuro. Pelo menos, o que pode ser discutido a partir de agora. Aos 12 minutos, falamos sobre o elogiado Metroid Dread:
"Muito obrigado", diz Álvarez ao parabenizar pelo sucesso, sem esquecer o diretor José Luis Márquez e sua equipe no estúdio. "Foi uma baita experiência trabalhar com os melhores e tentar estar à altura da tarefa de alcançar os padrões super altos da Nintendo. Era o céu trabalhando com eles. Trabalhamos muito de perto com a equipe japonesa, reuniões todas as semanas e visitas com frequência. E foi incrível. Experiência de virada de jogo para nós."
"E então o produto, bem, ambos os produtos, Samus Returns e Dread", ele continua, "eles foram muito, muito bem aceitos. E Dread foi o jogo mais vendido, o jogo de Metroid mais vendido de todos os tempos, ainda maior que Metroid Prime. Então, sim, quero dizer, não poderia estar mais feliz".
Pelos motivos listados em nossa análise Metroid Dread na época, então brincamos sobre chamar o jogo de Metroid Dare, dada a ousadia de parte da narrativa do jogo impactando tanto o lore da série e, alerta de spoiler, a própria Samus, mais ainda para o final do jogo.
"Temos um excelente entendimento um do outro", lembra o CEO quando questionado sobre tanto lançar essas ideias malucas quanto a Nintendo estar disposta a testá-las. "Acho que é justo dizer que, com o tempo, nos tornamos amigos. E são pessoas super talentosas, super trabalhadoras. Eles têm uma ética de trabalho imbatível. E estão abertos a aceitar novas ideias e a experimentá-las. Então, também estávamos com muita fome de deixar nossa própria marca na franquia. E nunca deixamos de sugerir e propor ideias. E muitos deles foram parar no produto final. Então, estamos muito orgulhosos da colaboração entre nós e a Nintendo. E, sim, como eu disse, uma das melhores experiências de desenvolvimento que poderíamos sonhar".
A menção ao projeto em si nos levou aos relatos afirmando que o desenvolvimento do jogo foi uma bagunça, ao que Álvarez oferece a seguinte afirmação:
"Não acho que o desenvolvimento tenha sido caótico. O desenvolvimento caótico não termina com um dos melhores jogos da franquia. Não termina com um jogo que vendeu mais de três milhões de cópias. Não termina com um jogo que ganhou prêmios TGA. Isso é tudo o que tenho a dizer sobre isso."
Há rumores, naturalmente, de que a MercurySteam já está trabalhando em um novo Metroid parecido com o Dread para o Nintendo Switch ou seu sucessor TBA, o que faria todo o sentido no mundo dadas as razões acima, e assim em dois pontos da entrevista tentamos saber mais... mas nenhum dado:
"Bem, sobre os projetos que estamos fazendo hoje, não há nada que eu possa dizer", diz Álvarez quando questionado se eles ainda estão propondo ideias até hoje. "Então, um simples não comentário vai fazer".
"Tudo o que posso dizer é que José Luis ainda está no estúdio. Ponto final", acrescenta mais tarde, no final da entrevista, ao falar sobre a atual estrutura do estúdio e quando questionado se poderíamos esperar mais pelo diretor de Castlevania: Lords of Shadow - Mirror of Fate, Metroid: Samus Returns e Metroid Dread.
Com Metroid Prime 4 sendo atualmente desenvolvido pela Retro Studios, você quer mais Metroid by MercurySteam e o que você gostaria de ver nele? Deixe um comentário abaixo.