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Experimentámos um novo tipo de RPG, onde terão de usar cautela e armadilhas para derrubarem os inimigos.

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Existem vários RPG de ação difíceis de dominar no mercado, numa tendência que começou com Demon's Souls. Num mercado tão saturado, o que pode Outward, o novo jogo da Nine Dot Studios, oferecer para se destacar? Foi isso que tentámos descobrir durante uma sessão de jogabilidade com o jogo, onde tentámos levar a nossa fraca guerreira numa aventura memorável.

Antes de avançarmos, é preciso deixar bem claro que Outward não é um jogo com um grande orçamento, e isso nota-se ao nível dos valores de produção. Não esperem um portento gráfico capaz de rivalizar com os jogos mais bonitos da geração, longe disso, mas antes algo mais próximo de um jogo independente, e isso aplica-se a elementos como os menus, os diálogos, e até as mecânicas de jogo.

Felizmente há mais em Outward do que o seu aspeto pode indicar, e o jogo tem definitivamente alguns truques interessantes na manga. Olhámos para lá das animações pouco fluídas, e das texturas datadas, e partimos à exploração do reino de Auri. Outward é um RPG de ação, mas também tem elementos de sobrevivência, sobretudo na forma como aborda o combate. Até existe um modo cooperativo, que infelizmente não tivemos a oportunidade de experimentar.

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Depois de escolherem o sexo da personagem, vão arrancar o jogo sem posses - autênticos vagabundos que chegam a uma praia depois de um naufrágio. Eventualmente vão encontrar uma personagem amigável, Yzan, que nos oferece uma tenda onde podemos pernoitar. A história começam lentamente a desenrolar-se, e percebemos que a nossa missão passa por pagar uma dívida em nome da nossa mãe. Se não o fizermos, irá perder a sua casa, junto de um farol. É uma história muito longe do habitual, já que não são "os escolhidos" para nada, e não existe um mundo para salvar - é antes uma narrativa muito mais pessoal.

Mas, antes que pensem em pagar seja o que for, devem preocupar-se com a vossa condição precária, uma condição que irá resultar na vossa morte inúmeras vezes. O facto de estarem a jogar com uma personagem perfeitamente banal, abre portas para alguns momentos de "ropeplay" com grande potencial. Como qualquer bom RPG que se preze, Outward também oferece ao jogador várias abordagens para cada situação; podem convencer personagens com diálogo, tentar abordar inimigos de forma cautelosa, usar rituais à base de magia, ou tentar combate diferente. Um dos elementos mais curiosos é o sistema de progresso, à base de treino. Se forem fracos em alguma área em particular, podem sempre tentar treinar para evoluir esse aspeto da personagem.

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Essencialmente precisam de fazer uma ação repetidamente para melhorarem a vossa capacidade nessa área, e se treino é algo que não apreciam, podem tentar evoluir a personagem no próprio mundo. Algumas brigas com inimigos aleatórios podem ser muito eficazes para melhorar a capacidade do protagonista, mas também são bem mais perigosas, e morte não é tudo o que vos pode acontecer. Se forem capturados, podem ser forçados a trabalhar como escravos, o que inicia toda uma nova missão, onde o objetivo passa por fugir dos captores.

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O sistema de combate de Outward não é muito fluido, mas funciona, com ataques simples, bloqueios, recuos, e desvios. Como já referimos, também terão acesso a feitiços, mas a magia funciona de forma muito peculiar. Em vez de carregarem num botão para lançarem um feitiço, terão de realizar uma espécie de mini-ritual para conseguirem executar uma magia, o que pode ser demoroso. Se conseguirem, contudo, podem alterar o curso de uma batalha com um feitiço, e visualmente são também interessantes.

O jogo aconselha também a usar cautela, e as várias ferramentas ao dispor do jogador. Antes de lutarem, convém fazer algo que possa facilitar a batalha, desde introduzir veneno nas lâminas, a plantar armadilhas no chão, passando por ataques à distância. A ideia é que o inimigo chegue perto do jogador num estado já debilitado. Uma palavra ainda para o inventário, que, pelo menos ao início, pode ser bastante limitado. Só têm acesso a 10 espaços na mochila, o que obriga a ter particular cuidado com os recursos que apanhamos ou ignoramos.

Ficámos surpreendidos com a variedade de inimigos e de localizações. Tão cedo podem estar a lutar numa aldeia costeira contra bandidos, como podem estar no deserto a enfrentar escorpiões gigantes. Existem muitos espaços e áreas para explorar, e quase todas têm inimigos próprios.

Quando Outward chegar a 26 de março, não nos parece que venha revolucionar o género, mas parece um jogo interessante com algumas voas ideias. Esperemos que se concretizem quando voltarmos a encontrar o jogo, porque agrada-nos a ideia de jogar com um "zé-ninguém" que foi esquecido pela sociedade, em vez do habitual herói salvador.

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ANTEVISÃO. Escrito por Lisa Dahlgren

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