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Sherlock Holmes Chapter One

Sherlock Holmes Chapter One - Primeiras Impressões

É um Sherlock muito diferente do habitual, mas o mistério e o suspense continuam presentes.

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A Frogwares tem vindo a dedicar-se ao género de investigação, primeiro com uma série de jogos inspirados em Sherlock Holmes, e mais recentemente com The Sinking City, um jogo de investigação baseado nas obras de H.P. Lovecraft. Agora preparam-se para regressar a Baker Street, embora com uma visão muito diferente do mundo e do próprio detetive.

Ao contrário do que o nome pode indicar, Sherlock Holmes Chapter One, mas não terá um formato episódico. Trata-se de um jogo de corpo inteiro com princípio, meio, e fim, que apresenta "Chapter One" para definir que esta é a história de origem desta versão de Sherlock Holmes. Irá acompanhar um Sherlock muito mais jovem, com 21 anos, e o grosso da ação irá passar-se na costa mediterrânea, onde a mãe do próprio detetive morreu. A nossa sessão de jogo arrancou com Sherlock e Jon (já lá vamos) a chegarem ao hotel onde ficarão hospedados, o que revive uma série de memórias ao jovem detetive, já que foi nesta cidade que cresceu.

Eventualmente, Sherlock irá deparar-se com um estranho homicídio, ocorrido durante uma sessão espiritual. O marido e o responsável pela sessão, estão entre os suspeitos, mas Sherlock - e o jogador - terão várias ferramentas para descobrirem a verdade. Terá de examinar pistas, interrogar testemunhas e suspeitos, e alcançar deduções no Mind Palace, que é uma ferramenta que a Frogwares tem usado em quase todos os jogos de Sherlock. Também existe um modo de concentração que revela detalhes que escapam ao comum mortal, e que realça todos os elementos com que pode interagir no cenário. Mas, caso prefira uma experiência mais realista e desafiante, pode desativar todas estas ajudas.

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Sherlock Holmes: Crime and Punishment introduziu uma mecânica que permitia tirar conclusões erradas e até condenar pessoas inocentes, e isso vai continuar presente em Chapter One. Notou-se, neste primeiro caso que investigámos, que a Frogwares tem aprendido imenso com o passar dos anos. O caso foi interessante, está bem desenhado, e quando o nosso acusado confessou o crime, sentimos um grande alívio. Mas mesmo depois disso ainda tínhamos a opção para o deixar escapar, ou levá-lo à justiça. Esse é um dos aspetos que a Frogwares pretende explorar em Chapter One, que é o facto dos crimes e da lei não serem assim tão preto no branco quanto isso. A lei pode nem sempre ser justa, e um criminoso pode ter feito algo por bons motivos. Estas escolhas terão também consequências na história e nas personagens, segundo nos informou o estúdio.

O mundo de jogo estará completamente aberto à exploração, e embora ainda apresentasse problemas evidentes - ainda está em desenvolvimento -, foi agradável explorar as ruas poeirentas e coloridas da ilha. Parece existir bom detalhe gráfico, sobretudo em termos de iluminação, o que ajuda a criar uma excelente atmosfera. Apesar de ser um cenário completamente novo para a série, a Frogwares garante que os fãs irão encontrar algumas caras conhecidas durante a aventura.

Sherlock Holmes Chapter One

Parece ser também um mundo de jogo altamente diversificado - encontrámos trabalhadores coloniais britânicos, curdos e egípcios em lojas locais, e até aristocratas franceses que nem se dignaram a olhar para nós. Como é que sabemos as nacionalidades de toda esta gente? Através da perceção de Sherlock, que oferece de imediato várias informações deduzíveis de cada indivíduo, conforme analisa as suas faces, roupas, marcas, e outros pormenores semelhantes. Além da nacionalidade pode ficar a conhecer os seus hábitos, costumes, estilo de vida, e até potenciais doenças ou condições.

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Esta será uma história bastante pessoal de Sherlock, que não irá desviar-se das várias características que definem a personagem. A sua excentricidade, o seu amor pelo violino, a sua obsessão por drogas... tudo isto será abordado nesta história de origem. Outra grande novidade é o facto de Sherlock não estar acompanhado por Watson, mas antes por uma personagem completamente nova, Jon. A relação entre ambos parece ser complexa, e ainda não conseguimos perceber se tê-lo por parte é algo positivo ou irritante. Esperemos que seja a primeira.

O nosso tempo com Sherlock Holmes Chapter One terminou com um "cliffhanger", deixando-nos de imediato presos à história. Queremos ver se o jogo é bom e se corresponde às expetativas, mas mais que isso, queremos saber o que vai acontecer a seguir. Além disso existem vários elementos da jogabilidade que não experimentámos, como o novo sistema de combate. Com as devidas cautelas, estamos com esperança para Chapter One, e uma ilha paradisíaca com muitos mistérios e alguma tensão política, pode ser precisamente o que a série precisava para se revigorar.

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Não é preciso ser um detetive brilhante para deduzir que este é um jogo obrigatório para os fãs.



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