Há algumas semanas tivemos a oportunidade de jogar um pouco de Warlords of New York, e já nessa altura ficámos com boa impressão da expansão, impressões que foram agora justificadas pela versão final. Como já deve saber, a expansão leva os jogadores de volta a Nova Iorque, ou para ser mais preciso, à parte sul de Manhattan. É uma zona recheada de detalhe, que apresenta um ambiente muito diferente daquele que vivemos em Washington, e também do primeiro The Division, já que Warlords of New York se passa no verão.
Esta zona inclui também mais zonas fechadas, com tiroteios em becos e apartamentos apertados, o que garante maior diversidade de confrontos, embora também existam batalhas em espaços mais abertos. Ficámos também impressionados pela forma como a Massive conta pequenas histórias e ocorrências utilizando simplesmente o cenário, e mais que isso, adorámos o novo foco em puzzles e segredos, com algumas zonas secretas que vão exigir grande esforço do jogador em termos de atenção aos seus arredores.
Por muito que o cenário e o ambiente sejam fantásticos, este regresso a Nova Iorque não é para fazer turismo. O seu objetivo vai passar por caçar Aaron Keener e os seus quatro tenentes, todos eles antigos agentes da Division que traíram a agência, e cada um deles tem as suas características próprias e habilidades. Esse é um dos destaques da expansão, a forma como a Massive criar dar grande identidade a cada um dos encontros com estes inimigos, tanto em termos visuais, como ao nível de mecânicas e design. Cada um destes confrontos é também uma excelente oportunidade para o jogador ver as habilidades do boss em ação, já que irá ganhá-las depois da batalha.
Pelo meio terá naturalmente de abordar uma série de missões (pela ordem que quiser) que seguem fórmulas típicas de The Division 2, mas existem mais oportunidades para variar a jogabilidade, incluindo na forma como os inimigos operam, obrigando a adaptar táticas e estilos de jogo.
Menos interessante é a história em si, que não consegue realmente justificar - pelo menos de forma credível - o porquê destes agentes se terem revoltado desta maneira. O mesmo pode ser dito dos 10 níveis extra, que aumentam a capacidade máxima para 40. Parece mais um obstáculo desnecessário para o que realmente importa, que é o sistema de progressão que irá desbloquear ao chegar a nível máximo e ao completar a história. Esse sistema permite distribuir pontos através de vários atributos (semelhante à estrutura Badass de Borderlands 3), e teria sido bem mais interessante evoluí-lo logo a partir do início da expansão. Visto desta forma, estes 10 níveis parecem uma forma fácil de alargar a longevidade e obrigar a grind.
Felizmente nenhuma destas falhas é suficiente para realmente beliscar o que é uma expansão de grande qualidade. Todos os jogadores têm acesso a esta nova versão de Nova Iorque, mas vale a pena comprar Warlords of New York para experienciar as excelentes missões de história e as batalhas com os bosses, dois elementos em que se nota que a Massive ouviu o feedback dos jogadores e empregou maior variedade. Em cima disso terá a oportunidade de ganhar novas habilidades fantásticas e equipamento, além do que será introduzido ao longo dos próximos meses e temporadas. Com a introdução do Episódio 3 em fevereiro, e agora com Warlords of New York, esta é uma excelente altura para regressar a The Division 2.