Há muito tempo que The Legend of Zelda deu o "salto" para o 3D, deixando para trás o estilo mais tradicional com perspetiva aérea do mapa. Esse tipo de experiências 2D passou a ser mais indicado para plataformas portáteis, como GBA, Nintendo DS, e Nintendo 3DS. Vimos um desfile de jogos como Phantom Hourglass a Spirit Tracks, passando por The Minish Cap e A Link Between Worlds, tudo experiências únicas, mas com duas inspirações em comum - A Link to the Past, lançado em 1992 para Super Nintendo, e Link's Awakening, lançado um ano mais tarde para Game Boy.
A importância desses dois jogos é tal que ambos estão regularmente entre os mais requisitados pelos fãs para um remake. A 20 de setembro, o desejo dos fãs será finalmente realizado, com o lançamento de um novo Link's Awakening para Nintendo Switch. Faz sentido, tratando-se de uma consola híbrida, que a Switch apresente os jogos "principais" da saga, como Breath of the Wild, e estas experiências que normalmente estavam mais reservadas para as portáteis.
O primeiro ponto que convém esclarecer é que Link's Awakening é essencialmente a mesma aventura que foi apresentada em 93. Isso significa que tem a mesma estrutura de mundo, as mesmas personagens, as mesmas missões, e até mecânicas e controlos semelhantes. Não é, contudo, um remaster, já que recebeu visualmente é uma experiência modernizada, além de incluir algumas novidades e extras.
Na E3 tivemos a oportunidade de finalmente experimentar esta nova versão de The Legend of Zelda: Link's Awakening, e algo que é imediatamente evidente assim que se olha para o jogo, é o quão encantador é o estilo visual. Sabemos que alguns fãs não estão totalmente contentes com esta abordagem, mas na nossa opinião, e sobretudo depois de termos jogado, é fantástico e uma excelente escolha para o tipo de jogo que é Link's Awakening. Só não ficámos impressionados com o desempenho do jogo a nível de fluidez, algo que esperamos ver corrigido até ao lançamento. Link's Awakening tem de correr a 60 frames por segundo, a 1080p na TV e a 720p em modo portátil - menos que isso será uma desilusão.
Mesmo com os problemas de desempenho, adorámos de imediato a jogabilidade. O movimento, os ataques em oito direções, os bloqueios com o escudo em quatro direções, e a capacidade de salto (que vão aprender na primeira hora de jogo), são ações que funcionam bastante bem, com excelente resposta e animação. Não podia ser de outra forma, considerando que além dos puzzles, o desafio vem do timing com que atacam ou defendem. Já agora, uma dica: alguns inimigos e itens terão comportamentos ou funções ligeiramente diferentes das originais.
Só temos uma grande queixa a fazer em relação a esta demonstração: foi demasiado curta. Como a procura era muito por parte dos presentes, a demo estava limitada a 15 minutos de jogabilidade - mas pelo menos jogámos duas vezes. Gostávamos de ter tido a oportunidade de explorar algo mais complexo que esta área inicial, algo que permitisse ver o design dos templos mais avançados e das habilidades que Link desbloqueia, mas terá de ficar para outra altura.
Em resumo, o que encontrámos foi uma secção que já será muito familiar para fãs de Link's Awakening, com ligeiras alterações à jogabilidade e um novo estilo visual que parece estar a dividir os fãs entre os que adoram e os que odeiam. Algo que todos devem apreciar é o novo formato dos menus, do mapa, e do inventário, tudo muito mais moderno e prático.
Também ficámos desiludidos por ver que a nova função, Chamber Dungeon, não estava disponível para experimentação. Esta opção para criar aventuras pode ser a base para um equivalente de Zelda a Super Mario Maker, e como tal, temos grande curiosidade para o experimentar. Pelo que vimos, e pelo anúncio de Chamber Dungeon, acreditamos que este novo Link's Awakening será interessante, não só para fãs antigos, como novatos. Entretanto, espreitem em baixo um vídeo de jogabilidade que gravámos.