The Outer Worlds é outro jogo que causou alguma surpresa quando foi anunciado para Nintendo Switch. Originalmente produzido para PS4, Xbox One, e PC pela Obsidian Entertainment, The Outer Worlds foi agora adaptado pelo Virtuos para a Nintendo Switch, e como seria de esperar, foram feitos vários compromissos pelo caminho. O jogo em si, felizmente, continua a ser uma experiência obrigatória para fãs do género RPG, mas a conversão em si não nos impressionou.
Se não está familiarizado com The Outer Worlds, trata-se de um misto entre RPG e jogo de ação na primeira pessoa, que muitos consideram ser o sucessor espiritual de Fallout: New Vegas, também produzido pela Obsidian. Por outras palavras, isto significa que é um RPG com grande liberdade de personalização e interação com o mundo, acompanhado com um guião divertido que pode ir moldando com as suas ações e decisões. Terá vários estilo de jogo à sua disposição, companheiros para recrutar, e armas para encontrar.
Aqui, vai assumir o papel de um sobrevivente da nave Hope, uma nave colonizadora que sofreu um acidente, matando a maioria dos passageiros congelado. Salvo pelo cientista rebelde Phineas Wells, vai receber a missão de corrigir o caos que se abateu sob vários planetas, tudo culpa de uma cultura capitalista. Como irá abordar a sua missão, depende de si, já que terá liberdade total para avançar por este universo satírico.
Ou seja, o conceito é exatamente o mesmo que nas versões originais, e a experiência de jogo é essencialmente a mesma, mas existem diferenças, sobretudo a nível gráfico. Embora o estúdio tenha apontado para uma resolução de 1080p em modo TV e 720p em modo portátil, parece claro que o jogo está a usar uma resolução dinâmica que se ajusta para não quebrar demasiado a fluidez da ação. O resultado é um grafismo que parece estar frequentemente abaixo desses alvos definidos de 1080p e 720p, causando grande perda de detalhe e definição.
Os ajustes gráficos não se ficaram pela resolução, já que é evidente que a versão Switch de The Outer Worlds apresenta texturas menos detalhadas, sombras com pior resolução, e menor distância de visão. The Outer Worlds nunca foi um jogo muito impressionante a nível gráfico, mas na Switch é particularmente desapontante. Pior ainda é o facto de que, mesmo com todos estes sacrifícios a nível gráfico, The Outer Worlds não consegue manter uma fluidez estável nos 30 frames por segundo, sofrendo quebras evidentes durante os maiores momentos de ação.
Esta não é a primeira vez que um jogo apresenta evidentes sacrifícios gráficos na sua adaptação à Switch, mas enquanto algo como The Witcher 3: Wild Hunt justifica esse grafismo inferior com um mundo expansivo, The Outer Worlds não tem tantas justificações. Esperávamos mais desta adaptação em termos de grafismo e consistência de fluidez, mas ainda que desapontantes, essas falhas não são suficientes para arruinarem o jogo.
The Outer Worlds é um RPG de grande qualidade, e se não tem outra forma de o jogar, então a versão de Switch é suficientemente eficaz. Caso contrário, recomendamos que jogue qualquer uma das outras versões, já que são em tudo superiores. Em última análise, esta é a pior versão de um jogo fantástico.