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Wasteland 3

Wasteland 3 - Antevisão

À procura de um novo futuro, os Rangers foram apanhados numa emboscada sangrenta, mas contaram com a nossa ajuda.

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Num evento recente em Berlim tivemos a oportunidade de experimentar a versão mais recente de Wastelands 3, um RPG que vai seguir a perspetiva isométrica e o estilo de jogo clássico dos antecessores. Jogámos durante duas horas e 30 minutos, suficiente para passarmos as três secções iniciais da aventura e entendermos o contexto da história.

O jogo arranca alguns anos depois dos eventos de Wasteland 2, e mostra que os Sonoran Rangers continuam com dificuldades. Em poucos momentos somos contactados por uma figura que se refere a si próprio como Patriarca, um homem misterioso que promete ajuda em troco de alguns favores. Desesperados e sem grande escolha, os Rangers decidem levar o resto das suas forças para as montanhas nevadas do Colorado, mas foi um erro. O grupo acabou por cair numa emboscada que resultou na morte de vários Rangers, mas isso só nos motivou a continuarmos com ainda mais vontade, já que é imperativo tentar perceber o que se passa.

O jogo dá-nos controlo de duas personagens durante a emboscada, aproveitando uma secção onde somos obrigados a defender a nossa posição para nos apresentar às mecânicas de jogo. Eventualmente conseguimos chegar ao nosso objetivo para encontrar o Patriarca, um general intimidante que nos pede para encontrarmos e recuperarmos as suas três crianças. Para facilitar a tarefa, o Patriarca deixa-nos com uma base de operações e alguns recrutas.

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A sua equipa em Wasteland 3 pode ser composta por um máximo de quatro personagens jogáveis, e ainda dois companheiros não jogáveis. No editor pode personalizar cada unidade, incluindo áreas de especialidade e habilidades. É uma estrutura familiar a quem está acostumado a outros RPG clássicos modernos, como Divinity: Original Sin e Pathfinder: Kingmarker. É necessário escolher as forças e as fraquezas da personagem através de opções sociais e combativas, de forma a criar uma personagem criada.

Atributos, habilidades, e outras características peculiares podem ser desenvolvidas conforme ganha experiência ao longo do jogo. Quanto às duas personagens com que começamos a aventura, tivemos a oportunidade de escolher entre um lote de pré-criações, e optámos por um duo de hackers com péssimas capacidades sociais, já que reduzir ao mínimo as interações com todos que não pertençam ao seu grupo. Pareceu-nos interessante, e estamos curiosos para ver como este tipo de escolhas vai afetar o desenrolar da aventura.

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Como os anteriores, Wasteland 3 funciona como um RPG isométrico com combates por turnos, mas apresenta maior interação com o ambiente. Dependendo das suas capacidades, pode conversar com animais, controlar máquinas inimigas, e acalmar uma situação mais intensa, entre outras vantagens que pode encontrar se tiver em conta os seus arredores. Por exemplo, numa das nossas batalhas encontrámos um caminho secreto que levava a ponto mais elevado, o que nos ofereceu grande vantagem contra o oponente.

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Por norma também existem vários pontos de cobertura no campo de batalha, mas todas as ações custam pontos de ação. Quanto pontos tem, depende do tipo de atributos das suas personagens. O jogo inclui um marcador visual bastante útil, que indica o limite de até onde pode ir, e também até onde pode ir e executar ao ação, para saber exatamente o que pode fazer com os pontos de ação que tem. Aliás, toda a interface parece estar já muito polida. Se está familiarizado com Xcom, vai sentir-se em casa com o sistema de combate de Wasteland 3.

Fora da exploração e do combate, existe um mapa mundo que permite passar de cidade para cidade, embora não tenhamos tido grande oportunidade para explorar este lado do jogo. A maior área que visitámos foi uma cidade, onde encontrámos algumas missões secundária. Um médico pediu-nos para tratarmos dos seus pacientes, enquanto um vendedor de armas ativou uma armadilha que o impedia de entrar na sua própria loja. Também testemunhos uma batalha entre grupos rivais de mutantes, e um assalto, que podíamos tentar travar.

Cabe ao jogador decidir se, e como, interage com todas estas personagens e oportunidades, o que pode levar a situações caricatas, imprevisíveis, e recompensadoras. Tudo isto terá impacto no desenrolar do jogo - que terá vários finais -, mas de momento é impossível dar grande opinião sobre isso visto que só jogámos algumas horas.

Wasteland 3 será lançado para PC, PS4, e Xbox One, já que a sua produção começou muito antes da Microsoft ter adquirido o estúdio, mas o jogo vai claramente beneficiar do dinheiro providenciado pela editora. O jogo terá total dobragem de vozes, o que é a primeira vez para Wasteland, mas por outro lado, não terá narração.

Como fãs de Wasteland, ficámos muito satisfeitos com o que vimos deste terceiro jogo. Existem algumas arestas por limar antes do lançamento, mas o ambiente é excelente, e o mundo deixou-nos intrigados e com vontade de o conhecer melhor. Parece ser um jogo sem medo de ser brutal e violento, e supomos que isso será aplicado não só ao combate, mas às várias histórias que foram a experiência de jogo. Que venha o dia 19 de maio para continuarmos a nossa aventura.

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